Quando os portugueses chegaram à Índia no final do séc. XVI encontraram tecidos de algodão estampados com flores e muito coloridos. Os europeus adoptaram-nos porque eram diferentes, vistosos, e resistiam melhor às lavagens sem perderem a cor. Os franceses e os ingleses, em particular, apaixonaram-se por esses tecidos. Chamavam-lhes "calico" porque vinham de Calcutá. Ou "chintz", que em sânscrito significa mancha. Ou ainda "indiennes", porque vinham da Índia.
Os portugueses conheceram-no como chita. A sua produção foi iniciada em Alcobaça, no séc. XVIII, na Real Fábrica de Lençaria. Mas em princípios do séc. XIX já a fábrica de Alcobaça enfrentava dificuldades: afinal não era possível competir com o preço das chitas indianas. Parece familiar?
A globalização não é exclusiva dos dias que passam. Vasco da Gama já a inaugurou nos idos de 1498. Mas o desafio que ela nos põe é cada vez mais determinante para o nosso futuro.
manela
esparguetada de frango e orégãos