Mãos ociosas têm maus pensamentos.
Era por essas e por outras que eu ocupava o tempo a fazer crochet. Esta é mais uma daquelas peças que a minha mãe tanto gosta de pôr em cima da mesa. Feita há mais de 20 anos, ainda hoje continua aos seus cuidados. E ela dá-lhe o carinho e tratos que as minhas mãos apressadas já perderam. É um verdadeiro anjo das rendas...
manela
O frango é muito versátil. Presta-se a diferentes tipos de cozedura e vai bem com quase tudo. Esta é a receita da Teresa, para um prato de forno que combina esparguete e frango.
Coze-se o esparguete em água temperada de sal. Depois de cozido ao dente e escorrido. tempera-se de azeite e orégãos. Desfia-se um frango assado no churrasco e faz-se molho bechamel. Polvilha-se um tabuleiro de ir ao forno com pão ralado. Põe-se uma camada de esparguete e por cima o frango desfiado. Polvilha-se com 100 g de queijo mozarela ralado, leva outra camada de massa e outras 100 g de mozarela ralado. Cobre-se com molho bechamel, polvilha-se com pão ralado e remata-se com pedacinhos de margarina, para o pão ralado ficar tostadinho. Vai ao forno a gratinar. Serve-se com saladas de alface e de tomate, este polvilhado com orégãos.
manela
Os homens nascem livres e iguais. Estes princípios encontram-se definidos em muitas leis. Estiveram na origem de guerras e revoluções. Mas para a maioria do cidadão comum são uma meta a atingir, não uma realidade.
Somos todos iguais. Nas oportunidades, mas não no sucesso. Para ser bem sucedido há que trabalhar. Há que ter a vontade férrea de escolher um objectivo e procurá-lo. Aproveitar as oportunidades, mas sem esquecer que algumas estarão para sempre longe das nossas capacidades. Nem todos podemos ser doutores ou engenheiros. Talvez kant tenha razão e a procura da felicidade seja o que nos move. Todos podemos tentar ser felizes. Porque o princípio da igualdade na felicidade ainda não está circunscrito à lei, talvez a possamos encontrar. Num sorriso. Num amigo. Perto de si.
Procure. Vai ver que não custa nada...
manela
Gosto muito de choquinhos. De preferência passados na frigideira, com alho e coentros. Quando se usa os congelados, o truque é cozê-los primeiro em água temperada de sal e com umas folhas de coentros, para ficarem macios.
Numa frigideira leve ao lume alho e coentros picados e azeite. Deixe cozer o alho sem queimar. Junte os choquinhos, tempere de sal e pimenta. Deixe cozinhar. Se for necessário acrescentar líquido, que seja a água em que cozeu os choquinhos. Sirva com batata cozida e salada.
Esta preparação de choquinhos também se pode transformar suma salada: depois de mornos ou frios, misture os choquinhos com grão cozido, cebola picada e sirva.
manela
Consta que Kant (1724-1804) adorava café. Parece que se limitava a consumi-lo misturado com chá, porque acreditava que o café tinha substâncias nocivas à saúde. É dele a frase: a amizade é semelhante ao café, depois de frio não se pode voltar a aquecer sem perder parte do seu sabor.
O hábito de beber café levou à invenção dos cafés como espaços de convivialidade. Na Europa surgiram no séc. XVII e eram locais de encontro para os homens: as mulheres estavam excluídas...
Era nos cafés que se discutiam as ideias revolucionárias, os negócios, ou simplesmente os últimos escândalos da sociedade. Alguns cafés históricos ainda resistem como o Nicola em Lisboa ou o Majestic no Porto. Mas hoje são, acima de tudo, espaços de património que queremos preservar para turista ver. Continuamos a ir tomar café à pastelaria da esquina. Mas as discussões ficam para outros espaços: a net e as redes sociais on line. Se Kant nos visitasse hoje, continuaria a gostar de café?
manela
A tulipa chegou à Europa no séc. XVI e tornou-se uma paixão para os holandeses. Eram um produto de luxo, símbolo da melhor posição social.
No início do séc. XVII, a tulipomania atingiu proporções catastróficas. Os preços dos bolbos dispararam e as espécies mais raras podiam custar fortunas: consta que um "semper augustus" chegou a valer tanto como 5 hectares de terra!
A especulação tomou conta do negócio das tulipas. Mas depois da euforia dos preços altos, veio a depressão do mercado, cheio de bolbos que ninguém queria comprar.
Impossível não procurar semelhanças entre a tulipomania e a crise que nos aflige. Uma coisa é certa: as crises vão e vêm mas tulipas continuam a fascinar-nos. Que mais não seja, graças a Alexandre Dumas e à sua "Tulipa Negra".
manela
No tempo das nossas avós as receitas eram assunto de família. Passavam de boca a ouvido, guardadas do mundo. Ou escreviam-se em cadernos adormecidos nas gavetas dos naperons de renda.
As revistas de culinária mudaram esse mundo. Especialmente a Tele culinária lançada em 1977. No editorial do primeiro número o Chefe Silva prometia "pratos e sugestões o mais económicos possível, de fácil confecção e explicados muito detalhadamente". E cumpriu. Ao longo dos anos as receitas da sua revista tornaram-se êxitos que mantiveram a marca de sucesso garantido à mesa.
A internet voltou a mudar tudo. Hoje, antes de folhearmos revistas amarelecidas e poeirentas, preferimos clicar no rato e abrir o portal do mundo. Mas a troca de receitas com colegas e amigas continua a ser uma fonte de novas experiências. E saborosas...
Esta é a receita da tarte da Alice, partilhada numa pausa do trabalho. Leva-se ao lume 2 pacotes de natas, 1 lata de leite condensado, 1 casca de limão e 1 pau de canela. Deixa-se engrossar um pouco. Tira-se do lume e juntam-se 3 gemas e algum leite. A mistura deve ficar cremosa. Forra-se uma forma de tarte com massa quebrada (pode ser de compra). Pica-se o fundo com um garfo. Deita-se por cima o creme e leva-se ao forno a cozer até ficar dourada.
manela
Li Xiaofeng é um artista chinês que usa loiça partida para construir peças de vestuário. Mas não é uma loiça qualquer: são cacos de peças Ming e Quing azul. Ou seja, têm um passado histórico. Li Xiaofeng deu-lhes nova vida. Deixaram de ser lixo de luxo para alcançarem o estatuto de arte. E o mais interessante é que as peças podem de facto ser vestidas!
Mas loiça partida leva-me a pensar nos dias de sobressalto que vivemos hoje. Porque as crises são sempre os mesmos que as pagam. Só não sabemos quem enricou. Apetece mesmo partir a loiça...
O pior é que duvido que destes "cacos" resulte alguma arte.
manela
Fred Astaire nasceu faz hoje 111 anos. Sem o look do galã clássico, conseguiu a proeza de se tornar num ícone do cinema. A sua imagem de marca era a graciosidade de movimento que fazia os passos de dança parecerem tão fáceis...
Duma extrema elegância, o seu estilo clássico ainda hoje tem seguidores.
Será para sempre o par de Ginger Rogers que as mulheres invejavam: o gentleman das fitas a preto e branco.
manela
Depois de dias maravilhosos, voltou a chuva. Que parece continuar na próxima semana...
Esperemos que se cumpra o ditado: Maio pardo e ventoso faz o ano formoso.
manela
esparguetada de frango e orégãos